Por Stephanie Avelar
A Frase "nada se cria, tudo se copia" cairia como uma luva se a palavra copia pudesse ser substituida por "recria".
Assim é o mundo da moda; tendências, costumes e peças que já fizeram a cabeça de milhares de pessoas há décadas atrás sempre acabam voltando ao mercado.
"Não é de hoje que o mercado vive a volta de antigas tendências. Mas é agora que este costume resurge de forma mais intensa e significativa. Em contraposição às imposições estilísticas deconsumo que logo se transformaram em massificação, a moda reinventa-se com o conceito de customização, vintage e de releituras. A “reglamourização” tornou-se também uma nova proposta de moda, na qual levar os aspectos de sofisticação e luxo às últimas conseqüências passou a ser uma tentativa de evitar as inevitáveis cópias e criando assim novas propostas e se diferenciando dos demais", observa a estilista e consultora de moda Julia Salgueiro.
Prova do que ela diz, botas, óculos com estilo ray-ban ou quadradões, acessórios dourados e peças como as calças skinny ou de couro podem ser encontrados em praticamente todas as vitrines.
"Os anos 60 foram marcados por inúmeras mudanças; no início da década de 70, as calças boca de sino e as blusas estampadas vindas da época anterior foram dando lugar a uma diversidade até então inimaginável; cabelos black power, estampas românticas, a masculinização das peçasfemininas e a chegada da cultura Glam (de glamour) marcaram o início de uma fase caracterizada como a "perfeita convivência entre os diferentes estilos"; em 1980 o mercado sofreu grandesavanços tecnológicos além da chegada da informatização e criação de programas específicos demodelagem, estamparia e outros recursos; nos anos 90, a queda do muro de Berlim, em 1989,representou para a moda o fim de determinadas barreiras e preconceitos no vestir e o
aparecimento de uma grande liberdade de se expressar visualmente.
Analisando todas estas características fica muito simples concluir de que o que temos hoje emoferta de consumo para representação de um ideal nada mais é do que a soma de tudo o que já foi vivido até aqui", explica o mestre em história Eduardo Vasconcellos. E concluí: "O século XXI traz a maximização dos estilistas iniciada em 1960, a reinvenção das plataformas que marcaram a década de 70, os aspectos sóbrio e clean que marcaram os anos 80 e os avanços dos anos 90. O resultado dessa mistura são novos estilos, conceitos e identidades. É, enfim, uma boa soma".
Quem quiser se "reiventar", sair da rotina ou até mesmo criar um look diferente não precisa termais medo, basta achar as antigas-novas peças que se encontram no mercado e sair por ai comemorando a individualidade alcançada com a volta do que na verdade não se foi.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
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